Já se passaram 100 anos desde esta época inebriante, cheia de excessos e rasgos de liberdade. No rescaldo do fim da primeira guerra mundial e também da gripe espanhola que matou milhões de pessoas em todo o mundo, a vontade e desejo de viver e celebrar a vida era mais que muita.
Portugal não foi exceção e, as artes, cultura, feminismo, a vida boémia e os negócios cresciam e floresciam. Não foram só coisas boas que surgiram e a história teima em repetir-se. 2020 entra uma pandemia que nos assola e mata milhões de pessoas em todo o mundo e, quando menos esperávamos, uma possibilidade bastante forte de uma 3ª guerra mundial.
Bem como à 100 anos, a taxa de inflação bateu recordes e, atualmente, parece que vamos pelo mesmo caminho. Coisas simples do dia a dia estão a escalar de preço de forma quase diária e há inúmeras causas que são dadas para tais acontecimentos mas, o que é certo, parece não haver grandes novidades que nos deixem mais tranquilos. No que diz respeito ao setor do imobiliário, não há diferença, tudo está a ser revisto semana a semana e a imprevisibilidade, para quem constrói e vende, é imensa.
Os típicos velhos do Restelo, desde o retomar do setor após a crise de 2008, estão à espera da nova queda do setor imobiliário e, todos os anos, desde 2014, se vê um crescimento acentuado na transação imobiliária, nos seus custos e nas suas receitas e nem a pandemia acalmou esse crescimento, muito pelo contrário. Para os ditos velhos, o prognóstico tem vindo a falhar, mas até quando?
Será que além de tudo o que nos aconteceu e está a acontecer, desde 2020, ainda é pouco face a uma ameaça de guerra nuclear?
Será que, passados 100 anos, veremos um novo ditador arrasar o mundo?
Que entrada louca, nestes anos 20…do séc. XXI.